Estrada Real: ações arte-educativas em território

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Durante os meses de agosto e setembro, nos municípios de Livramento de Nossa Senhora e Rio de Contas (BA), serão desenvolvidas atividades do projeto Estrada Real: ações arte-educativas em território. O projeto propõe a experimentação do desenvolvimento de ações de arte-educação no território da Estrada Real (Livramento – BA a Rio de Contas – BA), com a participação de moradores do território que, junto com o artista, desenvolverão ações que busquem tensionar e promover reflexões sobre memória, história, período colonial, meio ambiente e identidade, a partir do paradigma da Abordagem Triangular do Ensino das Artes e Culturas Visuais, proposto pela Prof.ª Drª Ana Mae Barbosa.

 

As ações se dividem em três eixos:

 

Intervenções artísticas: ações em espaços públicos das cidades de Livramento e Rio de Contas (BA), com a colagem de lambes (cartazes) contendo frases e símbolos que provoquem reflexões sobre a história e o processo de formação do território.

 

Instalações: obras de caráter temporário inspiradas na Land Art, compostas por materiais coletados pelos participantes na Estrada Real, como plástico, vidro, borracha, entre outros materiais poluentes. Essas instalações visam chamar a atenção para a preservação tanto patrimonial da estrada quanto do meio ambiente.

 

Performances: Caminhada coletiva pelo território numa rememoração do caminho percorrido pelos povos indígenas e escravizados durante o período colonial. Durante o percurso, ocorrerá a marcação de cruzes vermelhas nas árvores com tinta natural de urucum, que desaparece com o tempo, como forma de chamar a atenção para a violência e o apagamento cometidos contra esses povos.

Caminhada coletiva para o plantio de árvores nativas ao longo do território. Cada árvore simbolicamente representará outras milhares que foram derrubadas na extração dos minérios. As árvores plantadas serão mapeadas formando uma cartografia digital, cujo traçado remete ao trajeto percorrido.

 

O projeto tem Coordenação do artista visual e pesquisador Fabrício Dias,  orientação do Prof. Dr Ricardo Bezerra e colaboração da arte educadora Victoria Pitta.

 

 

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